FOTO: CTNBIO
A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou, ontem (15/9), a liberação para o cultivo comercial do feijão transgênico (geneticamente modificado), resistente ao vírus do mosaico dourado.
É digna de nota a dificuldade que os produtores de feijão têm para controlar a praga da mosca branca, inseto vetor da doença do mosaico dourado, cujo vírus pode ocasionar perdas de até 100% da produção, comprometendo seriamente as finanças dos produtores brasileiros.
O feijão transgênico foi desenvolvido pela conceituadíssima Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), referência mundial em pesquisas agropecuárias. Foram quase 10 anos de pesquisas.
Com esta nova tecnologia, milhares de litros de agrotóxicos deixarão de ser consumidos na cultura do feijão. É, portanto, menos contaminação do solo, do ar, da fauna, da água, dos alimentos e consequentemente, dos seres humanos. Isso sem falar na produção, que tende a crescer. Dessa forma, ganham os produtores e os consumidores, principalmente os de baixa renda, que serão favorecidos com produtos mais baratos.
O Brasil e o mundo precisam produzir mais alimentos. A população do planeta é de sete bilhões de pessoas e está crescendo a cada dia. A grande questão é: a utilização ou não dos transgênicos. O tema é polêmico. Não há um consenso no tocante a segurança dos mesmos, ou seja, as consequências para a saúde humana e para o meio ambiente decorrente do uso de tais produtos.
TEXTO: NÚCLEO TÉCNICO DA SEMA
