quinta-feira, 29 de novembro de 2012

COP-18


Começou no dia 26 deste mês, e se estenderá até o dia 07 de dezembro, a 18ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-18), em Doha, capital do Catar. Evento reúne representantes de 190 países.
Dentre os vários assuntos que estão sendo discutidos na importante conferência da Organização das Nações Unidas (ONU), um merece atenção especial, o Protocolo de Kyoto - único documento legal sobre as emissões de gases de efeito estufa, que expira no final de dezembro deste ano. A extensão do Protocolo a partir de janeiro de 2013 é o desejo da grande maioria dos representantes.
A escolha do Catar, país com 1,6 milhão de habitantes, para sediar a COP-18, não poderia ser melhor, afinal o país é o maior emissor de gás carbônico (CO2) per capita do planeta, com emissões de 53,5 toneladas de CO2 por pessoa, todos os anos. Ele supera até mesmo a China e os Estados Unidos, maiores emissores de gases de efeito estufa do planeta.
De acordo com o PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), a concentração de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono, aumentou 20% desde o ano 2.000. Fato que contribuiu para agravar as mudanças climáticas. Não é por acaso que as tempestades e secas extremas, estão assolando o planeta.
A necessidade de ação é urgente, mas o que se vê são atitudes pífias, insuficientes para reduzir as emissões. Desde a revolução industrial, as emissões de gases de efeito estufa (GEE) vêm crescendo de forma assustadora. Há pouco tempo, o Banco Mundial fez um alerta sobre o risco que o planeta corre de ter uma elevação de 4º Celsius na sua temperatura, num curto espaço de tempo, mas, talvez, isso não causa preocupação a alguns países como Estados Unidos, Canadá, Rússia e Japão, que se recusam a assinar acordos visando à sustentabilidade global. Infelizmente, a ganância e o egoísmo falam mais alto. Até quando?

TEXTO: NÚCLEO TÉCNICO DA SEMA